A escola "Viscodinho": um pedaço esquecido da história de Mauá
Com seu telhado de quatro águas, porão alto com aberturas em arco e uma elegante varanda com gradil de madeira, a casa refletia o estilo das moradias de comerciantes, fazendeiros e famílias de destaque em um tempo em que Mauá ainda era conhecida como Pilar, um distrito de São Bernardo do Campo de perfil majoritariamente rural.

Quem caminha hoje pelas ruas de Mauá talvez nem imagine que, no passado, ali existiu uma charmosa casa que guarda capítulos importantes da história da cidade. Construída provavelmente entre 1900 e 1930, a residência retratada na foto acima é um exemplo típico da arquitetura das primeiras décadas do século XX no interior paulista.
Com seu telhado de quatro águas, porão alto com aberturas em arco e uma elegante varanda com gradil de madeira, a casa refletia o estilo das moradias de comerciantes, fazendeiros e famílias de destaque em um tempo em que Mauá ainda era conhecida como Pilar, um distrito de São Bernardo do Campo de perfil majoritariamente rural.
Por volta de 1940/1950, acompanhando as mudanças sociais da região — que começava a se aproximar do surto de urbanização e industrialização do Grande ABC —, o casarão ganhou um novo e importante papel: passou a abrigar uma escola de ensino fundamental, carinhosamente chamada pela população de "Viscodinho". Ali, muitas crianças mauaenses deram seus primeiros passos no mundo da leitura e da escrita, num ambiente simples, mas carregado de afeto.
Infelizmente, como tantas construções históricas do Brasil, o casarão não resistiu ao tempo e às transformações da cidade. Após ser abandonado na década de 1970, foi demolido no final dessa mesma década, apagando fisicamente uma das marcas do passado de Mauá. No entanto, permanece vivo na memória de antigos moradores e em registros fotográficos como este.
Histórias como a do "Viscodinho" nos lembram da importância de preservar e valorizar a memória urbana — não apenas os grandes monumentos, mas também os pequenos espaços que moldaram a vida cotidiana das gerações passadas.
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