As porteiras do trem e o coração antigo de Mauá — uma viagem no tempo
A foto mostra a movimentada região da passagem de nível, próxima à atual estação de trem. Na época, não existiam passagens subterrâneas modernas: carros, bicicletas e pedestres aguardavam a boa vontade do guarda da estação, que manualmente abria e fechava as porteiras para a passagem das locomotivas.

Esta imagem rara do centro de Mauá nos leva diretamente para o final da década de 1950, quando a cidade ainda respirava o ritmo compassado dos trens e as porteiras da ferrovia eram uma das principais "fronteiras" urbanas.
A foto mostra a movimentada região da passagem de nível, próxima à atual estação de trem. Na época, não existiam passagens subterrâneas modernas: carros, bicicletas e pedestres aguardavam a boa vontade do guarda da estação, que manualmente abria e fechava as porteiras para a passagem das locomotivas.
Nos arredores, vemos um cenário típico das pequenas cidades ferroviárias em transição: comércios como o Bar Santo Antonio, veículos como Fuscas e Kombis, e um fluxo urbano que começava a crescer com o impulso da industrialização do Grande ABC.
Este momento congelado no tempo nos lembra de um período em que Mauá estava deixando de ser um distrito rural e caminhava para se tornar um importante polo urbano e industrial. As porteiras, hoje lembradas com nostalgia, simbolizavam tanto a conexão com o resto do estado como a divisão física da cidade — uma divisão que só seria superada com as obras de modernização que viriam nas décadas seguintes.
A provável data desta imagem é entre 1958 e 1962, um tempo em que a cidade começava a sonhar mais alto, mas ainda guardava o charme e o ritmo de uma Mauá ferroviária.
Hoje, embora as porteiras tenham desaparecido, seu legado permanece vivo na memória dos antigos moradores e nas fotografias que nos ajudam a reconstruir essa fascinante história urbana.
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