A Paineira de Mauá: um símbolo histórico preservado no coração da cidade

No centro de Mauá, uma árvore centenária chama a atenção de moradores e visitantes: a famosa Paineira, localizada na Praça da Paineira. Muito mais do que um elemento da paisagem urbana, essa árvore foi oficialmente reconhecida como patrimônio histórico da cidade — um verdadeiro elo entre o passado e o presente.

A Paineira de Mauá: um símbolo histórico preservado no coração da cidade

No centro de Mauá, uma árvore centenária chama a atenção de moradores e visitantes: a famosa Paineira, localizada na Praça da Paineira. Muito mais do que um elemento da paisagem urbana, essa árvore foi oficialmente reconhecida como patrimônio histórico da cidade — um verdadeiro elo entre o passado e o presente.

Tombamento e importância cultural

A Paineira de Mauá foi tombada pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Turístico de Mauá (CONDEPHAAT – Ma) em 19 de dezembro de 2003, por meio do Decreto Municipal nº 6517. Seu registro consta no Livro de Tombo Municipal, folha nº 05.

A árvore foi protegida não apenas por sua imponência natural, mas por sua relevância cultural e histórica, representando uma das últimas testemunhas vivas de um período marcante para o desenvolvimento do município.

Um pedaço da história local

Historicamente, a área onde hoje está a Praça da Paineira pertencia à antiga chácara de Luis Merloni, que foi vendida em 1934 para André Magini. A casa sede da propriedade foi posteriormente alugada pelo Governo do Estado e adaptada para receber a primeira escola pública municipal: o Grupo Escolar de Mauá, inaugurado em 13 de agosto de 1935.

O prédio da escola foi demolido em 1978, mas a Paineira permaneceu no local, tornando-se um marco afetivo e visual da história de Mauá. Hoje, a árvore continua sendo um símbolo da preservação da memória coletiva da cidade.

As raízes históricas de Mauá

As primeiras referências documentais sobre o território que viria a ser Mauá datam do início do século XVIII. A região era conhecida pelos indígenas como "Cassaquera", que significa "Cercados Velhos". Era uma área de povoamento disperso, localizada ao longo do caminho que ligava a Vila de São Paulo ao litoral, passando pelas margens do rio Tamanduateí.

Ao longo dos séculos, a região se desenvolveu em torno das rotas de transporte e comércio. Em 1856, a construção da ferrovia Santos-Jundiaí, viabilizada com a participação do Barão de Mauá, impulsionou ainda mais o crescimento local. O Barão adquiriu uma fazenda na região em 1862, onde hoje se encontra a Casa da Cultura e Museu Barão de Mauá.

Com a inauguração da Estação do Pilar em 1883 (mais tarde renomeada Estação Mauá), a vila experimentou um novo ciclo de desenvolvimento. Em 1953, a população local decidiu pela emancipação, e o município de Mauá foi oficialmente instalado em 1º de janeiro de 1955.

A Paineira hoje

Em meio à modernização do centro da cidade, a Paineira permanece como um ponto de encontro e memória viva de Mauá. Seu tronco robusto e a copa majestosa lembram as gerações atuais da rica história que moldou o município.

Visitar a Praça da Paineira é, portanto, mais do que um passeio: é um convite a refletir sobre as raízes de Mauá e a importância de preservar seu patrimônio natural e cultural.

Referência bibliográfica: Prefeitura Municipal de Mauá

Fotografia: Evandro / PMM

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