Como Eram as Feiras Livres na Década de 1970: Uma Viagem ao Cotidiano das Cidades Brasileiras
Se você gosta de conhecer um pouco mais sobre a história do seu bairro e da sua cidade, as feiras livres são uma ótima janela para entender o cotidiano e as transformações urbanas das últimas décadas. Em Mauá, essa tradição continua viva, conectando passado e presente.

As feiras livres sempre foram um ponto central da vida urbana nas cidades brasileiras, incluindo Mauá e a região do ABC Paulista. Na década de 1970, esses eventos semanais reuniam moradores para comprar alimentos frescos, trocar notícias e fortalecer a comunidade — muito diferente do que vemos hoje, com supermercados e lojas de conveniência em cada esquina.
Um Ambiente Simples e Ao Ar Livre
Nas décadas passadas, as feiras livres ocupavam ruas, praças e terrenos abertos, formando uma verdadeira festa popular a céu aberto. As barracas eram construídas com materiais simples, como madeira e lonas improvisadas, sem grandes estruturas ou equipamentos modernos. A infraestrutura urbana ainda era limitada, o que significava pouca disponibilidade de água encanada, saneamento básico e higienização adequada.
Produtos Frescos, Artesanais e de Produção Local
A grande estrela das feiras eram os alimentos frescos — frutas, verduras e legumes diretamente da agricultura local ou de cidades vizinhas. Além disso, era comum encontrar pães caseiros, queijos, embutidos e produtos artesanais produzidos pelas próprias famílias. Peixes e carnes eram vendidos em bancas simples, geralmente sem refrigeração, o que exigia consumo rápido.
Além dos alimentos, as feiras ofereciam também roupas, calçados e utensílios domésticos simples. Produtos naturais, como ervas medicinais e chás caseiros, também faziam parte do cotidiano dos feirantes e clientes.
Um Espaço de Socialização e Economia Popular
As feiras livres da década de 1970 tinham um papel fundamental na economia doméstica das famílias, oferecendo preços acessíveis que muitas vezes não eram encontrados nos poucos supermercados da época. Para muitos moradores, as feiras representavam a principal forma de comprar alimentos e utensílios para o dia a dia.
Além da função econômica, as feiras eram espaços sociais importantes — locais onde vizinhos se encontravam, trocavam informações, conversavam sobre os acontecimentos do bairro e reforçavam os laços comunitários.
Organização e Desafios da Época
Naquela época, as feiras ainda funcionavam com pouca regulamentação e fiscalização por parte das prefeituras. Muitos feirantes trabalhavam informalmente, o que dificultava o controle sanitário e a organização dos espaços. Somente no final da década de 1970 e início dos anos 1980 é que começaram a surgir regras para melhorar a estrutura e a higiene das feiras.
Outro destaque é que as vendas eram feitas exclusivamente em dinheiro, sem a ajuda de máquinas registradoras ou sistemas eletrônicos, e tudo era calculado “na mão”, reforçando o contato direto entre vendedor e comprador.
Feiras Livres em Mauá e Região
Em cidades como Mauá, feiras como a do Zaíra e outras espalhadas pelos bairros eram verdadeiros pontos de encontro para a população. Era comum que famílias inteiras visitassem as feiras aos finais de semana para garantir alimentos frescos, além de aproveitar para socializar e participar da cultura local.
Por que as feiras livres continuam importantes?
Mesmo com o avanço da modernização e o crescimento dos supermercados, as feiras livres ainda resistem como símbolos da cultura popular brasileira. Elas preservam tradições, fortalecem a economia local e oferecem produtos frescos que muitas vezes não são encontrados nas grandes redes.
Se você gosta de conhecer um pouco mais sobre a história do seu bairro e da sua cidade, as feiras livres são uma ótima janela para entender o cotidiano e as transformações urbanas das últimas décadas. Em Mauá, essa tradição continua viva, conectando passado e presente.
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