Meu nome é João, e guardo com carinho as lembranças da Mauá dos anos 1970. Foi ali, na Praça 22 de Novembro, que conheci a Irene — a mulher que mudaria minha vida. Naquele tempo, a praça era o coração da cidade: os bancos estavam sempre cheios, a Concha Acústica era ponto de encontro, e os domingos tinham um ritmo próprio, entre risadas, conversas e o som distante dos ônibus que chegavam e partiam do terminal ao lado.

Lembro como se fosse ontem: ela usava um vestido claro e segurava um livro. Nossos olhares se cruzaram e, a partir daquele instante, Mauá nunca mais foi a mesma para mim. Casamos alguns anos depois e criamos nossa família por aqui mesmo. Cada vez que passo pela praça, sinto que parte da nossa história ainda vive ali — entre as árvores, as luzes e as memórias de uma cidade que cresceu junto com a gente.