Fábrica de Louças Mauá (Luso): Tradição, excelência e pioneirismo industrial

Sob a direção técnica do experiente Emilio Pichet, reconhecido por sua longa trajetória no ramo da cerâmica industrial, a Fábrica de Louças Mauá (Luso) garantia qualidade e confiabilidade em cada peça fabricada. A infraestrutura contava com 15 motores elétricos, somando uma potência de 100 HP, que acionavam os mecanismos da produção — um nível tecnológico avançado para a época.

Fábrica de Louças Mauá (Luso): Tradição, excelência e pioneirismo industrial

Entre as empresas mais tradicionais do Estado de São Paulo no início do século XX, a João Jorge Figueiredo S/A ocupa lugar de destaque. Reconhecida por sua seriedade, honestidade e respeito às leis e instituições brasileiras, a firma consolidou-se como exemplo de sucesso empresarial no Brasil.

Ampliando seus horizontes, em 1926, a empresa incorporou à sua estrutura a Fábrica de Louças “Mauá” (Luso), instalada próxima à estação ferroviária de Mauá (então pertencente à São Paulo Railway). A nova unidade era voltada à produção de louças e materiais refratários, equipada com maquinário moderno e pessoal qualificado para atender com excelência às demandas do setor.

A fábrica ocupava um extenso terreno de propriedade da empresa, com edifícios industriais que cobriam 4.000 metros quadrados. No interior da planta, cerca de 80 operários trabalhavam divididos em seções organizadas, realizando todas as etapas do processo de fabricação — do preparo da matéria-prima ao acabamento dos produtos.

Entre os itens produzidos estavam as tradicionais louças de pó de pedra, voltadas principalmente para uso doméstico, além de uma notável linha de materiais refratários, fundamentais para indústrias que lidavam com altas temperaturas.

Sob a direção técnica do experiente Emilio Pichet, reconhecido por sua longa trajetória no ramo da cerâmica industrial, a Fábrica de Louças Mauá (Luso) garantia qualidade e confiabilidade em cada peça fabricada. A infraestrutura contava com 15 motores elétricos, somando uma potência de 100 HP, que acionavam os mecanismos da produção — um nível tecnológico avançado para a época.

Apesar da intensa atividade, a fábrica não conseguia dar conta da alta demanda. Toda a produção era comercializada diretamente pelos viajantes da própria empresa, que transportavam os produtos até os depósitos da firma em caminhões e veículos de tração animal, todos pertencentes à companhia.

Na direção geral da unidade estava o senhor Genor Freire de Moraes, profissional altamente respeitado e admirado tanto pela sua competência quanto por seu caráter íntegro — qualidades que deixaram marca na história industrial de Mauá.

Fonte: Álbum de São Bernardo – João Netto Caldeira, 1937

Apoie o Mauá Memória

Sua colaboração nos ajuda a manter viva a história de Mauá

💳 Contribua via PIX
R$

Deixe 0,00 para gerar um código com valor em aberto