Mauá: a incrível história da Capital Nacional da Porcelana
Pouca gente lembra, mas Mauá já foi conhecida como a Capital Nacional da Porcelana — um título conquistado não apenas pelos produtos que daqui saíam, mas pela força humana, pela habilidade dos imigrantes e pelo domínio de uma arte que marcou gerações.
Imagine caminhar pelas ruas de Mauá entre as décadas de 1950 e 1970. O cheiro leve do barro queimado no forno, o vai-e-vem de operários com mãos habilidosas e, principalmente, o orgulho silencioso de uma cidade que, aos poucos, ganhava fama além das fronteiras brasileiras.
Pouca gente lembra, mas Mauá já foi conhecida como a Capital Nacional da Porcelana — um título conquistado não apenas pelos produtos que daqui saíam, mas pela força humana, pela habilidade dos imigrantes e pelo domínio de uma arte que marcou gerações.
Na época, os fornos industriais daqui produziam de tudo: aparelhos de jantar, chá e café; louças domésticas; adornos; peças delicadas para floriculturas; isoladores elétricos que abasteciam ferrovias; e até recipientes para farmácia e laboratório. Era um mundo de possibilidades moldado em barro, precisão e calor.
A vocação mauaense para a porcelana não surgiu ao acaso. A região possuía minas de caulim e argila, matérias-primas essenciais para uma produção refinada. A linha férrea facilitava o transporte para São Paulo e para o Porto de Santos, abrindo portas para o mercado internacional. E havia, claro, o maior dos segredos: o talento da mão de obra — especialmente dos imigrantes que trouxeram técnicas, disciplina e paixão por um ofício centenário.
Entre fábricas e fornos acesos, algumas empresas se tornaram parte da alma da cidade:
A Fábrica Grande (Viúva Grande e Filhos)
Fundada em 1914, mudou várias vezes de nome — Companhia Industrial do Pilar, Comércio e Indústria João Jorge Figueiredo, Cerâmica Miranda Coelho — mas permaneceu na memória da população como Fábrica Grande. Seus 50 anos de história ajudaram a transformar Mauá em potência. Hoje, seu endereço abriga o Sesi do Jardim Zaíra.
A Paulista (Fábrica de Louças de Pó de Pedra Paulista)
Popularmente chamada apenas de “Paulista”, era conhecida pelo tanque monumental construído para atender a sua produção. Uma marca industrial forte, lembrada por muitas famílias da cidade.
A pioneira Porcelana Mauá
Em funcionamento desde 1937, carrega um feito histórico: foi a primeira indústria do Brasil a produzir porcelana fina. Uma conquista que, à época, colocou Mauá em um patamar de inovação pouco visto no país.
A Cerâmica Cerqueira Leite S/A
Com uma área industrial de 8.500 m², a fábrica impulsionou a produção de isoladores de porcelana enviados a diversas companhias brasileiras — um trabalho técnico e fundamental para o desenvolvimento da infraestrutura nacional.
Porcelana Real (depois Porcelana Schmidt)
Fundada em 1943, tornou-se uma gigante da porcelana nacional. A partir de 1972, sob o nome Porcelana Schmidt, encantou o mundo: suas peças chegaram às embaixadas brasileiras no exterior e também a países como Dinamarca, África do Sul, Noruega e Finlândia.
Hoje, quando caminhamos pelo Centro e outros bairros, quase não percebemos que sob nossos pés existia uma cidade que respirava porcelana. Uma Mauá que brilhava em vitrines internacionais, que unia tradição europeia e força de trabalho brasileira, que moldou no barro parte importante da sua identidade.
Resgatar essa história é lembrar que Mauá já foi sinônimo de excelência.
É redescobrir o orgulho de um passado que, mesmo silencioso, continua presente em cada memória guardada.
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