Porcelana Mauá — O Brilho da Indústria Cerâmica que Marcou a História da Cidade
A história da fábrica começa ainda em 1933, quando o empresário alemão Fritz Erwin Schmidt iniciou a produção de porcelanas na pequena vila de Mauá, então distrito de São Bernardo do Campo. A região foi escolhida estrategicamente por oferecer fácil acesso à linha férrea da São Paulo Railway, abundância de argila de boa qualidade e mão de obra disponível. Quatro anos depois, Schmidt e seu sócio Hans Lorenz oficializaram a criação da Porcelana Mauá S.A., iniciando um período de grande expansão industrial.
A Porcelana Mauá foi uma das mais importantes fábricas do setor cerâmico brasileiro, símbolo da fase de industrialização do ABC paulista e orgulho da cidade de Mauá. Fundada em 1937, a empresa destacou-se como a primeira indústria paulista a produzir porcelana fina de mesa, tornando-se referência nacional em qualidade e inovação até o encerramento de suas atividades em 1968.
A história da fábrica começa ainda em 1933, quando o empresário alemão Fritz Erwin Schmidt iniciou a produção de porcelanas na pequena vila de Mauá, então distrito de São Bernardo do Campo. A região foi escolhida estrategicamente por oferecer fácil acesso à linha férrea da São Paulo Railway, abundância de argila de boa qualidade e mão de obra disponível. Quatro anos depois, Schmidt e seu sócio Hans Lorenz oficializaram a criação da Porcelana Mauá S.A., iniciando um período de grande expansão industrial.
Durante as décadas de 1940 e 1950, a Porcelana Mauá modernizou-se rapidamente. Em 1950, foi instalada uma das maiores inovações tecnológicas do setor: o forno-túnel, que permitia a queima contínua das peças sobre trilhos, garantindo maior controle de temperatura e qualidade do produto final. O uso de gás como combustível também substituiu gradualmente a lenha, refletindo uma preocupação pioneira com a eficiência e com o meio ambiente.
O crescimento da empresa foi notável. Em meados dos anos 1950, o complexo industrial já contava com 11 galpões e três chaminés — número que chegou a 18 galpões no final da década. As peças produzidas pela Porcelana Mauá eram reconhecidas pela beleza, resistência e acabamento fino, características que transformaram a marca em sinônimo de qualidade e bom gosto.
Além de sua importância econômica, a fábrica teve papel fundamental na formação da identidade local. Empregou centenas de moradores, impulsionou o comércio e ajudou a consolidar Mauá como um polo industrial promissor no estado de São Paulo. Hoje, muitas das peças produzidas pela empresa fazem parte do acervo do Museu Barão de Mauá, preservando a memória de um dos períodos mais produtivos da história da cidade.
Entretanto, nas décadas seguintes, o avanço da indústria automobilística na região e as mudanças nos hábitos de consumo — com a popularização de utensílios de vidro e plástico — provocaram o declínio do setor cerâmico. Em 1968, a Porcelana Mauá encerrou suas atividades. Parte de suas instalações foi utilizada posteriormente pela Cerâmica Nara, mas o nome original permaneceu vivo na lembrança dos moradores e colecionadores.
Mais do que uma fábrica, a Porcelana Mauá representa um marco na história de Mauá e um capítulo essencial da industrialização paulista. Seu legado combina tradição, técnica e arte, elementos que ajudaram a moldar a identidade da cidade e continuam inspirando novas gerações a valorizar o passado industrial que deu origem ao município moderno que conhecemos hoje.
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