Mauá celebra 13 anos de emancipação com festa, união e esperança para o futuro – 1967

No dia 8 de dezembro de 1967, as ruas de Mauá ganharam vida em uma celebração marcada por entusiasmo popular, espírito comunitário e o fortalecimento da identidade de um município que, em apenas 13 anos de existência, já demonstrava pujança e determinação. A data marcou o aniversário da emancipação político-administrativa da cidade, conquistada em 1954, e reuniu moradores, autoridades, instituições locais e visitantes em uma programação que tomou conta do final de semana.

Logo pela manhã, a cidade foi movimentada pela largada da Preliminar da São Silvestre, que contou com atletas locais e regionais. O vencedor foi João Francisco, do São João F.C., seguido por Oswaldo Mendes, do Unidos F.C. O evento esportivo abriu oficialmente as festividades e atraiu grande público.

Por volta das 13 horas, teve início o tradicional desfile cívico, que percorreu as principais ruas do centro. Participaram indústrias, escolas, corporações musicais, entidades estudantis e clubes esportivos, além da Sociedade Dom Bosco, Ginásio Humberto de Campos, Auto Viação Barão de Mauá e diversos grupos comunitários. O desfile foi considerado um dos mais organizados já realizados na cidade.

À tarde, a programação continuou com torneios de pingue-pongue e partidas de futebol, envolvendo equipes locais e reforçando o clima de confraternização.

O ponto alto das comemorações ocorreu às 20 horas, com a Sessão Solene da Câmara Municipal, realizada diante de autoridades de cidades vizinhas como São Caetano, Ribeirão Pires e Santo André. Durante a cerimônia foram homenageados novos cidadãos mauaenses e reforçada a importância do desenvolvimento que vinha transformando o município.

Em mensagem enviada à cidade, Egmont G. Fink — presidente da comissão que lutou pela emancipação de Mauá — destacou o crescimento do município nos 13 anos de autonomia, ressaltando avanços sociais, econômicos e humanos. Fink enfatizou que Mauá nascera com poucos recursos, mas com grande dignidade, e que seu progresso deveria sempre colocar o homem no centro das políticas públicas. “Não criemos mendigos nem delinquentes, mas seres humanos com dignidade que ainda acreditam na humanidade”, escreveu ele, conclamando as autoridades e a população a seguirem unidos em uma “cruzada” pela cidade humana.

As comemorações se encerraram no domingo, dia 10, com um grande show na Concha Acústica e um jogo festivo entre a seleção de Mauá e a de São Caetano do Sul.

Em 1967, Mauá não apenas comemorou 13 anos de emancipação. Comemorou também sua capacidade de crescer, de acolher e de sonhar. Uma cidade jovem, mas já repleta de histórias, desafios superados e esperança no futuro – valores que continuam presentes na memória e no coração de seu povo.