O ABC dos Bairros: As Origens Surpreendentes de Mauá
Com a ajuda de moradores e memórias preservadas ao longo dos anos, foi possível reconstruir um pedacinho desse passado. E quanto mais entendemos de onde surgiram nossos bairros, mais percebemos que cada um deles guarda não só histórias — mas pessoas, afetos, raízes, escolhas, sonhos e marcas que moldaram a Mauá que conhecemos hoje.
A cidade de Mauá é feita de ruas, esquinas, cheiros, sotaques e memórias — e grande parte dessa identidade nasce onde a vida realmente acontece: nos bairros. Mas, apesar de passarmos diariamente por placas, praças e avenidas, quase nunca paramos para pensar nas histórias escondidas por trás desses nomes tão familiares.
Por que Falchi?
Quem foi Zaíra?
De onde veio o nome Salgueiro?
Quem viveu ali primeiro?
O que existia antes das casas, dos comércios e da correria do cotidiano?
Com a ajuda de moradores e memórias preservadas ao longo dos anos, foi possível reconstruir um pedacinho desse passado. E quanto mais entendemos de onde surgiram nossos bairros, mais percebemos que cada um deles guarda não só histórias — mas pessoas, afetos, raízes, escolhas, sonhos e marcas que moldaram a Mauá que conhecemos hoje.
Aqui vão três relatos que resgatam a origem de alguns dos bairros mais tradicionais da cidade:
Vila Falchi — o bairro que nasceu do sabor das uvas e do aroma do chocolate
A Vila Falchi carrega o nome de Pedro Falchi, imigrante italiano que, no início do século passado, mantinha ali uma chácara onde cultivava uvas.
Mas há um detalhe curioso: Falchi não morava em Mauá — ele vivia em São Paulo e atuava no ramo alimentício, com uma indústria de chocolate.
A terra fértil e o cultivo das uvas deram o ponto de partida para a ocupação da região, que mais tarde viria a se transformar em um dos bairros tradicionais do município.
Jardim Salgueiro — entre o barro, os tijolos e o nome que brotou da terra
No local onde hoje fica o Jardim Salgueiro, havia um pequeno curso d’água chamado córrego Águas do Salgueiro.
O nome chamou a atenção de João Martins Salgueiro, que adquiriu ali uma pequena propriedade e, ao notar o solo rico em argila, fundou uma olaria em sociedade com seu filho mais velho.
Dessa olaria saíram tijolos que ajudaram a erguer casas, memórias e ruas de uma Mauá ainda em formação.
Inclusive, no Museu Barão de Mauá, uma das formas de madeira usadas para moldar esses tijolos segue preservada — um testemunho silencioso do bairro que nasceu do barro.
Jardim Zaíra — o gigante que homenageia uma mãe
Maior e mais populoso bairro de Mauá, o Jardim Zaíra começou como parte da antiga Fazenda Bocaina, um lugar abundante em eucaliptos que serviam para produção de carvão — essencial para os trens e para as indústrias de porcelana da época.
Quando o loteamento da área foi iniciado, no final da década de 1940, seu responsável, Chafik Mansur Sadek, decidiu prestar uma homenagem poderosa: batizou o bairro com o nome de sua mãe, Zaíra.
E assim, de um gesto familiar e afetivo, nasceu um dos bairros mais emblemáticos da cidade.
Cada bairro de Mauá carrega um capítulo da nossa história — e conhecer suas origens é, de certa forma, reencontrar as raízes da própria cidade.
E isso é só o começo. Ainda há muitos bairros, histórias e memórias esperando para serem descobertos, revisitados e preservados.
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