Consciência Negra Expressionista: O legado de Aluísio Domingos dos Santos em Mauá

Durante a Semana da Consciência Negra, é impossível falar sobre identidade, resistência e legado cultural em Mauá sem lembrar de Aluísio Domingos dos Santos, artista plástico expressionista cuja obra ecoa até hoje nas paredes, memórias e raízes da cidade.

Aluísio, paraibano de nascimento e mauaense de coração, chegou ao ABC ainda jovem, construindo aqui não apenas sua vida, mas um caminho artístico singular. Autodidata, pintor de parede e visionário das cores, transformou telas em narrativas profundas sobre o povo, a fé, a ancestralidade e as complexidades humanas.
Suas obras, marcadas por forte presença da cultura africana, chamaram a atenção de diplomatas de Gana, Nigéria e Zaire, que visitaram seu ateliê em Mauá e levaram parte de sua produção para museus e bibliotecas internacionais — um feito raro e grandioso.

Durante as décadas de 60, 70 e 80, Aluísio ganhou projeção nacional, participou de exposições em diversas cidades e recebeu prêmios importantes, incluindo o Atlantis Brasil, em 1968 — o único concedido a um artista plástico.
Sua contribuição ultrapassa a estética: é memória viva, é símbolo de resistência e afirmação da identidade negra dentro e fora da nossa cidade.

Aqui no Mauá Memória, já contamos com uma matéria dedicada exclusivamente à vida e obra de Aluísio Domingos dos Santos. clique aqui

Nesta semana tão significativa, celebramos sua importância não apenas como artista, mas como representante de uma história que precisa ser lembrada, revisitada e honrada.

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